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Na luta mais longa da Olimpíada, Maria Portela é eliminada após decisão polêmica

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Foto: Confederação Brasileira de Judô

Maria Portela fez honrar o apelido de "Raçudinha dos Pampas" em sua segunda luta nesta edição dos Jogos Olímpicos. O resultado, porém, não foi o esperado. Na disputa mais longa da Olimpíada de Tóquio até agora, com mais de 14 minutos de duração no total, a judoca foi eliminada após decisão dos juízes que consideraram falta de combatividade de Maria Portela.

A decisão dos juízes, no entanto, foi polêmica, já que Maria chegou a aplicar um wazari na prorrogação, forçando a queda da rival com os ombros no chão, que não foi marcado pela arbitragem. A adversária, Madina Taimazova, avançou até semifinal e lutou contra a japonesa Chizuru Arai, em uma luta de 16 minutos. Na disputa pelo bronze, ela levou a melhor contra a croata Barbara Matic e garantiu a medalha.

Exausta após 14 minutos de luta, Maria Portela caiu em prantos. Em entrevista ao SporTV, não conseguiu controlar a emoção:

- Eu queria muito vencer, eu treinei muito e estava me sentindo muito preparada. Ainda não acredito que isso aconteceu. Eu quase joguei ela algumas vezes mas não deu, faltou um pouquinho mais. Queria agradecer a todos que acreditaram em mim, desculpa - lamentou.

Na estreia, a judoca venceu uma atleta da Equipe de Refugiados após 25 segundos de luta. Agora, Maria Portela ainda tem a disputa por equipes mistas pela frente a partir da noite de sexta-feira, onde ainda terá chance de conquistar uma medalha.

- Estava tudo certo, eu não estava nervosa, estava bem consciente. Eu sabia o que fazer. Tem coisas que a gente não controla. Com certeza vou me doar bastante para minha equipe, para gente conseguir uma medalha e lutar melhor do que lutei agora - disse a judoca.

Maria Portela nasceu em Júlio de Castilhos e, aos 8 anos, mudou-se com a família para Santa Maria. Depois de poucos meses na cidade, conheceu o judô por meio do projeto social Mãos Dadas. Atualmente, Maria é a melhor brasileira em sua categoria, a de 70 quilos, e a 10ª do ranking mundial.

É a terceira e última participação da judoca de 33 anos nas Olimpíadas. Em 2012, em Londres, foi eliminada em sua primeira luta pela colombiana Yuri Alvear, medalhista de bronze naquela ocasião. No Rio de Janeiro, em 2016, venceu a primeira luta, mas caiu nas oitavas de final.

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